sexta-feira, 28 de outubro de 2016

TESTEMUNHO - Romeu


Nasci em Rio Branco, Acre, Norte do Brasil no ano de 1981, em uma família aparente normal, católicos não praticantes. Aos 5 anos de idade descobri que o meu pai não era meu pai biológico. Meu mundo desmoronou, me senti indiferente, rejeitado, e minha história começa assim.
Abriu um vazio dentro de mim misturado com rejeição (mesmo sem saber que isso existia dentro de mim), não sabia expressar o que seria isso, me tornei órfão de pais presentes.
Mas o que viria com uma “orfandade” seria um mundo que se candidataria a tal cargo de 'pais', que me abraçaria, me beijaria e me chamaria de filho. O mundo trataria de preencher esse espaço de qualquer forma. Cresci nessa cultura machista do sexo sem compromisso, festas, bebedeiras, isso era “normal”, era minha “cultura”, era o que todo mundo vivia, mas ninguém me ensinou que em tudo precisa-se de limites, meu lema era: faça o que quiser, desde que não atrapalhe o outro.
Aos 10 anos tive minha primeira experiência com Deus que foi aceita-lo no meu coração em uma Igreja Batista que minha irmã foi convidada por seu amigo da escola, mas não permaneci porque não tinha entendimento.  Então quando me tornei adolescente, provei a bebida alcoólica, as drogas, o sexo, e as festas (coisas normais que todo mundo faz para se “divertir”). Vivi totalmente sem regras, meu pai já tinha falecido, meu pai biológico não quis relacionamento comigo, e minha mãe não conseguia me colocar limites. Esse vazio era como um câncer, não parava de crescer, fazia de tudo para ser aceito pelos amigos, mas estava totalmente escravizado por isso, não era eu que mandava na minha vida, mas a vida que fazia o que queria comigo.

Aos 12 comecei a usar bebida alcoólica, aos 13 cigarros, aos 14 cocaína, e aos 15 maconha, ai foi o meu fundo do poço como adolescente pois não estava aproveitando minha adolescência, eu estava entregando a minha vida para ser destruída.  Então um dia quando já tinha 15 anos em 1997, com um vazio do tamanho de Deus dentro de mim. Descobri que um amigo estava indo para igreja, e então achei que esse seria o momento de mudar totalmente a minha vida, essa era minha chance de mudar de vida antes que piorasse, pois já estava viciado em cocaína e em cigarros, e já tinha trocado algumas roupas minhas por drogas, e passado algumas noites em claro procurando formas para poder saciar meu vício.
Quando eu encontrei meu amigo (Betom) eu perguntei se era verdade que ele estava frequentando uma igreja evangélica, ele disse que sim, e eu disse que eu gostaria de ir junto. Então marcamos o dia e o local para irmos juntos, mas ele nem esperava que eu iria mesmo, então fomos, e eu já fui com vontade de me entregar para Deus, pois esse mundo não me fazia mais sentido, e assim fiz. Entreguei a minha vida para Cristo, recomecei a estabelecer a minha identidade de filho, e Ele a sua identidade de Pai na minha vida, e começou a transformação e o fechamento do vazio que só um Pai poderia tapar, e ainda mais sendo o Maior Pai de todos, o que realmente me criou e me formou. (IS 49:15)

Encontrei novos amigos, um novo estilo de vida, senti a presença de Deus, senti o Amor que precisava, e senti a paz interior, era tudo o que me faltava para viver nessa terra. Minha família ficou super feliz, minha mãe que já estava orando por mim há algum tempo ficou muito feliz também, e eu continuo até hoje. Já fazem 19 anos que sigo essa estrada e não consigo parar porque Cristo é vida e fora Dele só há morte, há um mundo de zumbis, que precisam conhecer o antidoto para ressuscitar do mundo dos mortos, Jesus Cristo, Nele há vida e esperança. E se você vive uma vida sem sentido, te convido para experimentar essa onda, que vai aliviar tuas dores, teu cansaço e vai te ressuscitar da vida dos mortos espirituais. 

Romeu Kleber

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

PRIMEIRO EVANGELISMO NO METRÔ
LYON (FRANÇA)


                Uma experiência nova para mim aqui em Lyon é o evangelismo no metrô, realmente nunca tinha participado desses atos antes, e para mim tem sido muito novo e interessante, confesso que não sou muito da linha pentecostal e sabia que era isso que viria.
             A primeira reunião cheguei meio constrangido, esperando o que viria, cheguei com outros staffs da Jocum e logo chegou uma irmã que cumprimentou a todos e em seguida começou a puxar o louvor só com a voz, bem na linha gospel mesmo (black music). Começamos a acompanhar a irmã meio que sem graça e depois de uns 10 minutos já estávamos todos batendo palma, o Lucas diretor da Jocum já tinha puxado o violão e já estávamos todos se envolvendo no louvor, realmente os irmãos são um pouco pentecostais, não pentecostais como no Brasil.  
              Depois de uma meia hora louvando, orando, e a adorando a Deus, decidimos ir para o metrô, e eu ainda não sabia como esse evangelismo ia acontecer. Fomos para o metrô com o bilhete único onde podemos usar em todas as Estações sem pagar. A cada vagão um irmão trazia um sermão, um testemunho e os outros intercediam e tentavam entregar folhetos e puxar um assunto com alguém do vagão. Alguns vagões as pessoas recebiam bem, outros nem tanto, mas estávamos indo bem. A cada estação que esperávamos o trem, parávamos e ficávamos louvando até chegar o próximo, (o que chamava a atenção das pessoas que estavam na estação pelos louvores na linha black/music que as vezes aplaudiam ou tiravam sarro, mas era muito bom).
         Foi numa dessas paradas que me quebrantei, quando vi que mesmo os irmãos sendo pentecostais era tudo sincero, pois na minha cabeça já existia um falso sistema de crença de que todo pentecostal seria, ou tinha pretensão, de ser um religioso nato. Os irmãos louvavam aquebrantados, alguns chorando, e isso me destruiu por dentro. E todas as quintas-feiras estamos nesse projeto junto com esse grupo que se chama Atos 24. Realmente é um prazer fazer isso para Deus, é um prazer representar o seu reino nessa cidade. É um prazer ser representante Dele nessa nação.



                                                                                                                                         (Romeu Kleber)