segunda-feira, 2 de julho de 2018

"900 Biblias entregues no Hell Fest 2018"

Os 12 discipulos


Como poucos sabem, começamos um projeto aqui na França ano passado com evangelismo no meio do Heavy Metal e logo em um dos maiores eventos de metal da Europa o “Hell Fest open air”. Só pelo nome mais da metade dos cristãos já não iria nessa festa, porque quem iria para em uma festa que se chama inferno? O que não passa de uma provocação a religiosidade. Mas encontrei mais 3 loucos que toparam a ideia e que ao mesmo tempo já tinham isso na mente (Lucas, Pierre e o Jean Daniel) logo encontramos o Julian que mora em outra cidade. Então fomos em 5 pessoas ano passado, e demos 100 “Bíblias do Metal” junto com uma pequena pesquisa de campo que nos facilitava a abertura da conversa com a galera,  perguntávamos se realmente a pessoa gostaria de ganhar  aquela “Bíblia de Metal” como presente, e 80 por cento da galera aceitava.

Esse ano fomos em 12, divulgamos um pouco mais, convidamos mais pessoas adeptas ao estilo que fossem cristãs e que tivessem o projeto no coração como nós. Então entraram mais 7 pessoas na embarcação. Nos comunicávamos e orávamos via Skype porque vários eram de outras cidades, tinha uma pessoa que morava na Bélgica e outros entre o norte e o sul da França. Mas chegando lá que fomos nos conhecer pessoalmente. Éramos 12, e logo me lembrei de Jesus e seus discípulos porque éramos todos de estilos diferentes.

(Camping que dormíamos e nos reuníamos)

Então antes do primeiro dia nos instalamos, conversamos bastante, oramos, sentimos o ambiente, e no outro dia já partimos para ação. Saímos de 2 exatamente como os discípulos, e começamos a fazer a pesquisa (que eram perguntas estratégicas para realmente no final oferecermos a “Metal Bible” e compartilhar uma mensagem) cada um fazia do seu estilo uns davam o testemunho, outros debatiam um pouco, outros era suficiente a sondagem que no final oferecia a bíblia como um presente.



Então sai com o meu amigo  Rudy de Marseille (sul da França) e o que tínhamos em comum era que gostávamos de passar tempo de qualidade com os entrevistados. No primeiro dia demoramos uns minutos para abordar a primeira pessoa, então abordamos dois amigos Parisienses que estavam de bobeira, fizemos a entrevista, os caras responderam a entrevista, não acreditavam em nada, um tinha feito o catecismo para agradar os avós, mas no final oferecemos a bíblia e eles mesmo assim aceitaram (o que me surpreendeu) e logo depois fizemos amizade, trocamos ideia, e ali creio que foi plantado a primeira semente.

No segundo dia eu orei para que as entrevistas fossem como um bate papo e que pudéssemos compartilhar de uma forma amiga, então no outro dia foi como tinha orado, comecei a conversar com um casal de voluntários do festival, eles chegaram me perguntando algo, começamos a conversar, e então perguntamos se eles aceitavam responder uma enquete.  O cara era um ex-viciado (que tatuava a cada ano a formula da medicina que ajudou a se livrar das drogas) ele compartilhou um pouco de como venceu as drogas (ele não acreditava em Deus, só a sua namorada), então eu compartilhei um pouco que já tinha sido usuário e que Jesus tinha sido o caminho que me tirou dos vícios, após uma boa conversa eles aceitaram uma bíblia, e creio que ali também foi semeado algo.

Uma coisa que percebi pela entrevista era que muitos tinham feito catecismo e o conhecimento do cristianismo que a maioria ainda tem é pelo catolicismo, coisa intrigante porque a reforma protestante saiu daqui de perto de Genebra e a impressão que tenho é que não se desenvolveu bem na França.


Me lembro bem de uma dupla de punks que estavam ultra bêbados, eu queria cutucar o Rudy meu amigo para nós não entrevistarmos pois estavam ultra bêbados, mesmo assim paramos e fiquei impressionado que os caras conversaram conosco na moral, um disse que era aberto, mas não acreditava em nada, já tinha lido a bíblia e o alcorão, mas o outro disse que até tinha sido batizado, e esse aceitou a bíblia, estavam bêbados mas espero que de alguma forma, Deus possa toca-los, continuamos orando.

Teve um casal também que fizemos a entrevista e eles pediram 5 biblias para doar para suas famílias, eles eram de Madagascar acho que por isso eram mais abertos, mas mesmo assim que o Senhor faça a sua vontade em cada local que essas bíblias chegarem.
Uma história engraçada foi que uns caras tinham escrito um cartaz em um papelão dizendo: precisamos de maconha, daí eu achei engraçado e cumprimentei os caras que logo começaram a falar inglês comigo, e eu perguntei: “where do you from?” e eles responderam “I am from Canada” e o outro “I am from France”, e eu disse: a gente pode falar em Francês que eu entendo..hahhahaa. Foi engraçado, o Rudy perguntou se rolava de fazer uma pequena entrevista e os 3 caras responderam que sim e fomos andando, logo eles disseram que não acreditavam em nada, mas logo o clima foi mudando com as perguntas, e um se abriu e achou massa o trabalho que estávamos fazendo, nos parabenizou pegou uma bíblia eu compartilhei um pouco do meu testemunho do quanto Jesus revolucionou nossas vidas, o Rudy também compartilhou um pouco, e creio que foi semeado a palavra, um dos 3 caras foi super receptivo com a bíblia.
Também teve pessoas que recusaram a bíblia, para mim pessoalmente as pessoas que mais faziam isso na maioria não eram “head bangers” mas era pessoas que iam mais pelo ambiente do que pelos shows em si.

(um cara no stage diving com a biblia durante o show do Judas Priest)

Também intercedemos e oramos pelas bandas (como marilyn manson e Gimme borger), o que para mim é de muita importância, amar os artistas, orar por eles, e ter atitudes em relação aos mesmos, de pouco em pouco artistas tem conhecido a Cristo e temos que investir mais neles também.
Também compartilhamos com os nossos vizinhos de barraca as bíblias, tinha uma turma de black metal que tinha bode tatuado e tudo mais, sentamos com eles, trocamos ideia, demos rizada, eu fiquei super impressionado como os caras daqui, graças a Deus aqui não tem radicalismo idiota como no Brasil e América do sul, tudo o que chega no Brasil em relação a cena europeia é muito distorcida.

Resumindo esses 3 dias, trocamos ideias, compartilhamos o nosso testemunho com a galera, oramos com alguns que aceitavam, presenteamos a bíblia e semeamos a vida. No total entregamos 900 bíblias do metal, o que para um festival de metal na França é muito, agora só nos resta a continuar orando por essa galera para que a palavra seja semeada haja crescimento e deem frutos . A cada ano venho pegando o gosto pelo evangelismo mano a mano, é muito interessante ouvir as pessoas, lhes trazer um pouco de esperança e de alivio em suas dores, e que Deus não é a religião, mas que é muito mais, Ele é vida. 

Romeu Kleber